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A sociedade continua a ser profundamente injusta, sexista e desigual e estas diferenças têm-se agudizado com o regime da austeridade. Por isso como feministas, as MNG, não podemos mais que apoiar a greve laboral, de cuidados e de consumo convocada para 14 de novembro de 2012.

Somos as mulheres que estamos a pagar a maior factura da crise

  • Somos as primeiras a sermos despedidas
  • Somos empurradas para empregos pior remunerados, precários e com horários alargados
  • Somos alvo do retrocesso ideológico e é exercida pressão para o nosso regresso ao lar
  • O nosso acesso à saúde sexual e reprodutiva é posto em causa
  • Desinvestimento público: cortes do 24% nas políticas de Igualdade com respeito às contas do Estado de 2012 e do 7% na luta contra a violência de género

Feminismo em resistência

Na sociedade “moderna”, a mulher entra para o mundo laboral, mas o sistema continua a se perpetuar. Os relacionamentos laborais não se limitam à esfera pública. Os relacionamentos laborais transcenden o privado e o público, estam no dia-a-dia dentro e fora da casa. Há homens que compartilham tarefas, mas são minoria.

O facto de que o trabalho na fábrica e no escritório estejam remunerados e o trabalho do lar não o esteja é NECESSÁRIO para a sobrevivência do capitalismo. A falta de salário (isto é, do reconhecimento social de que o lar é trabalho necessário para a sobrevivência) simplesmente demonstra que para o capitalismo, o sometemento das mulheres tem que ser completo.

A greve de cuidados é um gesto político de conscientização para quem acha que as lutas são diferentes, para quem ainda nao é consciente de que a mudança não é possível se é parcial e insuficiente.

Por isso as MNG o 14N estaremos na rua exigindo a retirada das politicas austeritárias pelo seu impacto negativo no emprego das pessoas, pelo deterioro das condições de vida e trabalho que provocam, porque são discriminatórias para as mulheres, porque supõem o desmantelamento de serviços e políticas igualitarias e um retrocesso na igualdade de oportunidades e de trato entre mulheres e homens.

Galiza, 12 de novembro de 2012