Dia internacional da mulher antimilitarista: neste dia as mulheres feministas reafirmamos a nossa insubmissão ás guerras patriarcais e fronte ao militarismo onde a violência machista mostra a face com maior claridade.
O militarismo é uma das expressões mais ferozes do patriarcado e do capitalismo e lhes serve para garantir a hegemonia das potências mundiais e para perpetuar o seu modelo injusto.
Vemos as manifestações do militarismo no elevado gasto militar, no comercio de armas, na militarização da investigação, no uso dos exércitos como instrumentos de política internacional e na firme presença dos seus valores na sociedade.
Além da expressão direta que representam os exércitos e a guerra há outro militarismo que atravessa toda a nossa sociedade: uma exaltação de valores, práticas, crenças que formam parte do sistema patriarcal e cobrem tudo. Estes valores estão assentados sobre o machismo, a obediência cega, a hierarquia, misoginia, homofobia, justificam a visão militar como a única via para resolver conflitos e legitimam qualquer tipo de agressão. Estes valores são as bases ideológicas perfeitas para justificar a guerra, para promover medidas de repressão social com a passividade do grosso da sociedade.
As mulheres feministas somos insubmissas:
- Porque as mulheres somos as principais vítimas dos conflitos armados.
- Porque as despesas militares priorizam-se fronte aos investimentos em serviços sociais, educação, sanidade e as mulheres sofremos de jeito direto este deterioro.
- Porque os poderes económicos e políticos geram e utilizam o medo como desculpa para incrementar ainda mais o orçamento e a investigação militar.
- Porque este medo justifica o retrocesso em conquistas sociais, liberdades e direitos das pessoas e dos povos que podem por em perigo o status quo.
- Porque perpetua e consolida o atual sistema injusto e valores sociais, desprovidos de solidariedade, hierárquicos, autoritários e machistas.
- Porque o militarismo impede e reprime a resposta de quem sofre.