Ãs sombras da igreja católica, as misoginias e a homofobia renovam-se continuamente.
A Igreja de Roma, apoiada pelos sectores mas retrógrados da sociedade, segue a manter a essência do seu discurso, a ser a gram repressora ao serviço do sistema patriarcal.
A sua jerarquia despregou toda a influência moral e polÃtica que adquiriu em séculos de domÃnio sobre corpos e mentes para bloquear cada projecto que alentara a autonomia das mulheres e das pessoas.
Nos últimos tempos, despois do anuncio de mudanças na materia de religiom, no matrimónio, no processo do divorcio…a Igreja viu ameaçada a sua posiçom de poder e privilégio e levantou vozes de protesta arvorando a bandeira da â??liberdade religiosaâ?.
Esta tal â??liberdadeâ? nom é outra cousa que o intento desesperado de manter o seu estatus polÃtico e económico. Os privilegios que a Igreja possui som impensáveis num Estado constitucionalmente separado da Igreja.
Numha sociedade libre nom há espaço para a submissom do politico ao religioso, nom há espaço para a intolerância de Bispos, imáns ou rabinos regendo a nossa vida e os nossos corpos.
FAMÃLIA â??Ãrea de confinamento, subordinaçom e exploraçom da mulherâ? (Victoria Sau)
Constitui um dos peares do patriarcado que garante que o sistema e os seus valores nom mudem demasiado. Ao ser o elemento intermédio entre a pessoa e a estrutura social (Estado), a famÃlia tem também a funçom de representar a autoridade e o seu controlo. Por tradiçom, o pai possuia a propriedade da esposa, filhas e filhos ligando-a com o parentesco. Assim, a famÃlia assegurava o controlo da reproduçom e a socializaçom. Além disto, garantia a adecuada transmissom da propriedade privada.
Como espelho e produto da sociedade que a criou, reflite dentro dela toda a violência estrutural que esta sociedade mantem contra as mulheres. O homem herdou a autoridade e os privilégios, herdou a consciência de propriedade respeito à mulher e quando sente que este poder lhe é discutido, agride.
LESBIANISMO
Pola diferença entre sexualidade masculina (activa) e feminina (passiva), som tratadas de diferente forma. Nom se reconhece que a mulher obtenha prazer com outra, porque som as duas passivas. Porque a sexualidade da mulher depende da do homem e porque as mulheres nom tenhem desejos.
Isto tem umha implicaçom social: situa às mulheres lésbicas à margem da estrutura familiar patriarcal.
RELIGIOM
Conjunto de crenças sobre a divindade, com normas morais e práticas rituais. Denominam-se seitas a aquelas que som minoritárias, e mitologias à s que nom chegarom ou nom se mantiverom no poder. Como produto social, as religions oficiais reflictem e justificam o sistema patriarcal: o modelo das religions monoteÃstas é o Deus-Pai criador; nas politeÃstas a supremacia também é de um deus varom.