Argumentar sobre a necessidade de independência para um povo dependente como o nosso é como explicar o porquê um ser vivo precisa de respirar.
A vinculaçom que Mulheres Nacionalistas Galegas tem à causa nacional, que considera como própria, nasce da análise da realidade do país a que pertencemos e que nos situa no mundo como mulheres dum povo oprimido na periferia da Europa ocidental.
Ao melhorarmos as condiçons de vida, laborais, os serviços sociais…, ao normalizarmos a nossa língua e a nossa cultura, ao contarmos com um poder político que for soberano e nos representar na comunidade internacional, as mulheres galegas como integrantes em 50% da populaçom deste país, imo-nos ver beneficiadas.
A luita pola independência nom garante por si própria um avanço para a nossa libertaçom como mulheres, mas é umha realidade que nos atinge como parte do povo galego, a quem lhe som negados os seus direitos fundamentais, e isto condiciona as coordenadas onde se desenvolve a nossa actividade e sobre as que marcamos os nossos objectivos.
Na hora de construirmos a nossa naçom, o feminismo pom acima da mesa temas que podem entrar em litigio com as posiçons que nom contemplam a luita contra o patriarcado como um vector fundamental para que essa construçom nacional se realize sob prismas de justiça e igualdade.
Só desde a luta anticapitalista e antipatriarcal poderemos conseguir umha mudança radical desta sociedade e construir umha Galiza realmente livre.
As mulheres das MNG sabemos da importância do feminismo, da necessidade de continuarmos na luta pela destruição do sistema patriarcal e a construção de uma sociedade livre de exprotações. A nossa sempre foi e será umha vocaçom de ruptura e transformaçom, de revoluçom global, no público e no privado, para toda a Humanidade.
Neste 25 de julho, estaremos na manifestaçom nacional em Compostela para afirmar que queremos construir a partir do feminismo uma Galiza livre de exploraçom, desigualdades e discriminaçom e reafirmarmos o nosso compromisso com a luta pola consecução da sua independência nacional.
Acreditamos que como povo temos que nos mobilizar e fazer visíveis as reivindicaçons que nos som próprias. Afirmar o nosso direito a sermos e decidirmos o nosso futuro, a construirmos umha Galiza soberana de iguais em liberdade.
Por uma transformaçom radical do nosso país com igualdade, autonomia, liberdade e soberania para as mulheres!
Construindo feminismo, construindo país. Mulheres Nacionalistas Galegas
Galiza julho de 2015