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cropped-baner-terrorismo-machista.jpgVaites! e segundo La Voz de Galicia o último assassinato machista na Galiza parece que foi  por um «ataque de ciúmes»…  Parece que a mídia ainda não tem muito claro o que é. Ou não quer descobrir.

Estamos demasiado acostumados e acostumadas a que um ex-namorado, ex-marido, namorado, ou marido mate a uma mulher? Será que se normalizou a violência machista? Como pode uma sociedade “avançada” pensar que é natural que os homens andem a matar às mulheres?

Como é que vamos acabar com a violência machista se continuamos impassíveis ante as desigualdades mais básicas? Os assassinatos chamados «de paixão», não têm nada de paixão. Esses «ataques de ciúmes» que parecem incontroláveis não são mais do que a ponta do iceberg de uma sociedade que humilha dia-a-dia às mulheres e que potencia nos homens atitudes de dominação e superioridade, for nas relações íntimas da esfera «privada», como na vida pública e os círculos de poder onde vemos apenas a senhores com gravata.

A mulher que foi assassinada em Paços de Borbén, foi assassinada porque ela é uma mulher. Por ter nascido mulher em uma sociedade machista e patriarcal que compreende as relações a partir da dominação, controle e dependência. Uma grande proporção dos e as jovens ainda acha que os ciúmes são um sinal de amor.Os meios de comunicação assim o lembram: loucura de amor, assassinato de paixão, ataque de ciúmes. É mais uma forma de esconder a violência machista. Como falar de violência familiar, drama familiar, tragédia doméstica…

As palavras são uma construção cultural, igual que a violência machista. As pessoas que se envolvem na política e @s profissionais dos meios de comunicação deveriam saber, no mínimo, de que falam e utilizar as palavras ao direito para contextualizar o problema, oferecer soluções e fornecer informações de utilidade.

Repitam com nós senhores de La Voz: FE-MI-NI-CI-DIO, é chamado FE-MI-NI-CI-DIO!!!

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